terça-feira, 11 de abril de 2017

O PECADO E O PERDÃO


Queridas irmãs e queridos irmãos!
Imagem Ilustrativa

No nosso cotidiano, as realidades do pecado e do perdão estão sempre presentes. Porém, muitas vezes percebemos que existe um desequilíbrio, a dinâmica do pecado muitas vezes se sobressai e isso não é saudável, para o nosso equilíbrio humano e espiritual. Pois, enquanto parece ser fácil pecar, descobrimos que perdoar parece ser mais difícil. O QUE ESTA ACONTECENDO CONOSCO? QUAL A CAUSA DESTE DESEQUILIBRIO? Pois no princípio não foi assim. Existia harmonia e equilíbrio no paraíso, até que entrou o pecado, a ruptura, erramos o alvo e ficamos presos a nós mesmo e não entendemos mais o plano do criador.
Na semana Santa que estamos vivendo, os textos bíblicos da liturgia nos mostram a realidade do pecado e do perdão de forma muito intensa e dramática.  Nós, também temos hoje a possibilidade de nos deixamos ser tocados pelo amor de Deus. Assim a realidade do perdão tornar-se-á mais presente e voltaremos para o equilíbrio, viver na graça de Deus. É o que nos propõe o sacramento da reconciliação, a confissão da misericórdia de Deus e das nossas misérias, que nos reintegra no caminho de Jesus, no caminho da felicidade, da salvação, carregando a cruz em busca da plenitude que Deus Pai nos concederá.
Caro irmão!  Cara Irmã!  A realidade do perdão só se torna difícil quando nos deixamos envenenar pela vaidade e o orgulho, a presunção de sermos melhores que os demais. Pois o pecado nunca foi exclusividade de alguns, mas de todos. A igreja reza na oração pedindo paz e unidade, o equilíbrio “ Não olheis os nossos pecados mais a fé que anima a vossa igreja” `É uma prece de grande realismo e profunda humildade é uma lição para quem reza ao Pai-Nosso. Na missa essa oração é logo após o Pai-Nosso.
A oração do Pai-Nosso, nos lembra o obvio “ Pai perdoa as nossas ofensas como nós perdoamos a que nos ofendeu” Quando vivemos a dinâmica do perdão, lembramos que o erro, o pecado, a ofensa que o outro cometeu, poderia ter sido feito por nós e as vezes até em intensidade maior. Mas, quando perdoamos, estendemos a mão ao outro, mostramos um olhar de compaixão e ternura, nos abraçamos, beijamos.  Estamos apenas devolvendo o perdão que de Deus já recebemos e estamos vivendo. Estes gestos revelam o que Jesus fez.
Não é atirando pedra, ou seja, a raiva, o ódio, a vingança, o vazio que está dentro de nós nos outros que fazemos justiça. Fazendo isto, apenas revelamos para os outros a nossa frustração, o desencanto, a inveja com a qual o nosso coração está cheio e quando vemos o erro dos outros ele explode. Assim agiram os fariseus do tempo de Jesus e talvez os de hoje, caso o farisaísmo ainda exista dentro de nós.
Peçamos ao Bom Deus que possamos aprender com os gestos de Jesus. Nesta semana santa reflitamos como tem sido a nossa atitude quando os outros pecam contra nós? Por que muitas vezes esperamos, só que Deus nos perdoe e temos dificuldade de perdoar? Caro amigo e amiga, só quando reconhecermos a nossa indignidade, o nosso pecado, seremos capaz de perdoar e acolher o perdão de Deus e de nós mesmos. Deixemos de caminhar na contramão da vida e do projeto de Deus. Este é o caminho da vaidade e do legalismo que nos leva a tristeza, a dureza de coração, a morte. Vida sem perdão não tem alegria, não tem amor. É vida sem Deus. Não espere amanhã, comece agora a viver o perdão, a VIVER DE VERDADE. Respire profundamente e sinta o sopro de Deus lhe comunicando este entusiasmo. TENHA UM DIA ABENÇOADO CHEIO DA GRAÇA E DO PERDÃO. AMEM! 

BOA SEMANA SANTA PARA TODOS.

Pe. Antônio Rodrigues

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