segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A CRISE DA DEMOCRACIA E A ERA DA CHANTAGEM

Até a agência Standard & Poor’s entra na campanha pelo desmonte da Previdência brasileira. Ação ultra-fisiológica do Planalto marca declínio máximo do sistema político
Por Leonardo Sakamoto, em seu Blog
Cansado de ameaçar sozinho a população brasileira pela aprovação da Reforma da Previdência, o governo chamou um ”amigo que mora na rua de cima” para fazer bullying junto com ele.
Confesso que ri alto quando li uma declaração de Moreira Franco, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República – que, aliás, estaria sendo julgado por obstrução de Justiça e participação em organização criminosa ao invés de estar escondido atrás de um foro privilegiado. Se vivêssemos em uma democracia, claro. Ele afirmou que o rebaixamento da nota de crédito da dívida brasileira pela agência de avaliação de risco Standard & Poor’s, nesta quinta (11), é ”um alerta sobre as consequências econômicas e sociais que a não aprovação da [Reforma da] Previdência trará”.
A agência elencou entre as justificativas a insegurança com a eleição presidencial e o ”fraco apoio da classe política” para a aprovação de leis, como a mudança na regra das aposentadorias.

Vale sempre lembrar que a Standard & Poor’s foi aquela acusada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de ter mascarado o risco dos investimentos que foram os vilões da crise financeira global de 2008. Em um acordo, aceitou pagar quase 1,4 bilhão de dólares. Isso reacendeu o debate sobre a credibilidade e os interesses dessas empresas – cujas avaliações são importantes para investidores.
Fonte: Blog do  sakamoto

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