O Papa Francisco celebrou
a missa pelo progresso dos povos, nesta quarta-feira (17/01), no Aeródromo de
Maquehue, em Temuco, no Chile, primeira etapa de sua 22ª viagem apostólica
internacional.
O Pontífice
iniciou a homilia dando graças a Deus por visitar "esta parte linda do
nosso continente, a Araucânia
“É neste contexto de ação
de graças por esta terra e pelo seu povo, mas também de tristeza e dor, que
celebramos a Eucaristia. E fazemo-lo neste aeródromo de Maquehue, onde se
verificaram graves violações de direitos humanos.
“
Oferecemos esta celebração por todas as pessoas que sofreram e foram mortas e
pelas que diariamente carregam nos ombros o peso de tantas injustiças. ”
"O
sacrifício de Jesus na cruz está repleto de todo o pecado e do sofrimento dos
nossos povos, um sofrimento a ser resgatado.
“No Evangelho
que ouvimos, Jesus pede ao Pai que «todos sejam um só». Numa hora crucial da
sua vida, detém-Se a pedir a unidade. O seu coração sabe que uma das piores
ameaças que atinge, e atingirá, o seu povo e toda a humanidade será a divisão e
o conflito, a subjugação de uns pelos outros. Quantas lágrimas derramadas!
Hoje queremos agarrar-nos
a esta oração de Jesus, queremos entrar com Ele neste horto de dor, também com
as nossas dores, para pedir ao Pai com Jesus: que também nós sejamos um só. Não
permitais que nos vença o conflito nem a divisão.”
Segundo o Papa,
“esta unidade, implorada por Jesus, é um dom que devemos pedir insistentemente
pelo bem da nossa terra e seus filhos. E é necessário estar atento a eventuais
tentações que possam aparecer e «contaminar pela raiz» este dom com que Deus
nos quer presentear e com o qual nos convida a ser autênticos protagonistas da
história.”
Os falsos sinônimos
“Uma das
principais tentações a enfrentar é confundir unidade com uniformidade. Jesus
não pede a seu Pai que todos sejam iguais, idênticos; pois a unidade não nasce,
nem nascerá, de neutralizar ou silenciar as diferenças. A unidade não é uma
simulação de integração forçada nem de marginalização harmonizadora.
“ A
riqueza duma terra nasce precisamente do fato de cada parte saber partilhar a
sua sabedoria com as outras. ”
Não é, nem
será, uma uniformidade asfixiante que normalmente nasce do predomínio e da
força do mais forte, nem uma separação que não reconheça a bondade dos outros.
A unidade
pedida e oferecida por Jesus reconhece o que cada povo, cada cultura são
convidados a oferecer a esta terra abençoada.
“ A
unidade é uma diversidade reconciliada, porque não tolera que, em seu nome, se
legitimem injustiças pessoais ou comunitárias. ”
Fonte: Radio Vaticano
Fonte: Radio Vaticano
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