Engajada
no diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, buscava soluções
pacíficas e duradouras para os conflitos relacionados à posse e à exploração da
terra na Região Amazônica.
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
Às7h30 da manhã do dia 12 de fevereiro de 2005, treze anos atrás, a religiosa estadunidense Dorothy Mae Stang, 73 anos, caminhava por uma estrada de terra a 53 km da sede do município de Anapu, no Estado do Pará, quando deparou com seu assassino.
O sonho da missionária
Irmã Dorothy estava no Brasil desde 1966. Era religiosa da Congregação de Notre Dame de Namur, que reúne mais de duas mil mulheres em trabalho pastoral nos cinco continentes. Depois de um tempo no Maranhão, Irmã Dorothy se transferiu para o Pará, dedicando sua atividade pastoral e missionária junto aos trabalhadores rurais da área da rodovia Transamazônica.
Engajada no diálogo com lideranças
camponesas, políticas e religiosas, sempre buscou soluções pacíficas e
duradouras para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra na
Região Amazônica. Fundou 22 escolas e a primeira escola de formação de
professores na Transamazônica, além de instaurar o projeto de desenvolvimento
sustentável ‘A Esperança’, que deveria dividir 130 mil hectares de terra entre
600 famílias.
Prêmios e ameaças
Em 2004, recebeu o Prêmio de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB. Naquele mesmo ano, recebeu também mais de dez ameaças de morte. No ano seguinte, em meio à impunidade e a interesses de madeireiros e traficantes ilegais de recursos amazônicos, sicários ceifaram sua vida com seis tiros a queima-roupa, naquela terra onde trabalhava, entre os mais pobres dentre os pobres.
Fonte: Vaticans News
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