"O serviço da Igreja aos
doentes e a quantos cuidam deles deve continuar, com vigor sempre renovado, por
fidelidade ao mandato do Senhor”, escreveu o Papa Francisco em
sua mensagem para o Dia Mundial do Enfermo 2018, celebrado neste domingo,
11. A afirmação de Francisco deixa clara a necessidade de cuidar dos mais
debilitados, estejam eles em hospitais ou em casa ― e de forma incessante.
O trabalho da Pastoral da Saúde,
uma das pastorais sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
realiza e inspira este trabalho nos fiéis desde 1986. Este braço da Igreja no
Brasil desenvolve suas atividades distribuídas em três áreas de atuação:
solidária, comunitária e político-institucional. “Em nossa dimensão
solidária, levamos assistência aos enfermos em domicílio ou nos
hospitais”, explica Alex Gomes da Motta, coordenador da Pastoral da Saúde
Nacional.
No sentido comunitário e político-social,
o coordenador da Pastoral acredita que o trabalho desenvolvido por eles
harmoniza-se com o conceito enfatizado pelo Papa com relação à Igreja em Saída.
“A Igreja deve sair de si mesma, rumo às periferias existenciais”. “Quando
saímos da nossa própria comunidade para levarmos a Boa Nova não só em ambiente
hospitalar, mas também em domicílio, isto já é uma Igreja em Saída”, afirma
Motta.
Em sua tríade de atuação ―
solidária, comunitária e político-institucional ― as atividades da Pastoral se
complementam para um único fim: levar o bem-estar àqueles que se encontram
com a saúde debilitada e não têm alguém por eles. “Na dimensão
comunitária, levamos orientação e formação de saúde, e na
político-institucional conscientizamos os agentes do seu papel no controle
social, em que ele está na busca de seus direitos e conscientizar os leigos e
leigas dentro de sua comunidade”, reiterou.
Sebastiana Abreu dos Santos atua
como agente na Pastoral há mais de dez anos. No hospital, visita as
enfermarias, reza pelos doentes e procura levar paz a essas pessoas num momento
repleto de incertezas. Começou a atuar como voluntária por acaso e, desde
então, não parou mais. “Também sou missionária, mas recebi um chamado para
prestar esta ajuda. Acabou se tornando um alerta para que eu tivesse mais amor
ao ser humano, pois nestes momentos sempre precisamos de uma palavra amiga, um
abraço, que faz uma diferença muito grande”, afirma.
Levar a solidariedade da Igreja a
essas pessoas se tornou uma missão de vida para Sebastiana, que já perdeu entes
queridos, mas nunca deixou de atuar junto à Pastoral. “Perdi minha irmã e meu
marido. Acompanhei os dois, mas continuo com meu trabalho até hoje. O primeiro
passo para a Evangelização acontece em nossa casa”, reitera.
Infraestrutura
O trabalho assistencial
desenvolvido pela Pastoral da Saúde é diversificado, mas acaba sendo
direcionado ao atendimento hospitalar. Existem, porém, outras arquidioceses e
dioceses que possuem centros de assistência dentro das paróquias. “Eles possuem
médicos, psicólogos, enfermeiros, isto vai muito de acordo com a realidade de
cada comunidade”, disse o coordenador geral.
A Pastoral ainda recebe auxílio do
Fundo Nacional da Solidariedade, da CNBB, em que é elaborado um projeto anual
em torno da Campanha da Fraternidade. “Mantemos nossos agentes sempre
atualizados com estes temas. Mas em termos de infraestrutura financeira,
existem parcerias de acordo com os projetos locais elaborados pelas
comunidades”, esclarece Motta.
Sobre a data
O Dia Mundial do Enfermo é celebrado
anualmente, por tradição, no dia de Nossa Senhora de Lourdes. A data
foi instituída por João Paulo II em 1992.
Fonte:
Canção Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário