"Escutar a voz de Jesus implica em
viver no amor fraterno”. Este é o ponto de partida da reflexão apresentada pelo
arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, no folheto O Povo de Deus do último
domingo, 25. No texto, dom Sergio lamenta que muitos católicos têm
compartilhado e alimentado agressividade nas redes sociais e exorta: “É pecado
grave usar o nome de Deus ou qualquer religião para praticar ou justificar a
violência”.
Comentando o Evangelho do dia, sobre
a Transfiguração do Senhor, dom Sergio destaca o convite do Pai para escutar a
voz de Jesus e indica a Quaresma como “tempo especial de conversão em
preparação para a Páscoa”, e que deve ser vivido através da caridade, como ensina
a Igreja.
O cardeal ressalta que muitas
iniciativas podem ser desenvolvidas para alcançar os objetivos da CF deste ano
e que cada um pode dar a sua contribuição “para superar a violência e construir
a fraternidade e paz nos ambientes em que vive”. Mas lamenta a agressividade
crescente “compartilhada e alimentada por muitos católicos nas redes sociais”.
“Diga não à violência nas redes
sociais! Não compartilhe conteúdos ofensivos e desrespeitosos. Não participe de
grupos de WhatsApp ou de outras redes sociais que disseminam fofocas, fazem
linchamento moral e críticas destrutivas, atingindo até mesmo a Igreja”,
conclama.
Para o cardeal, é lamentável que haja
pessoas ou grupos que se dizem cristãos ou católicos recorrendo à violência
para fazer valer a sua opinião e interesses: “É pecado grave usar o nome de
Deus ou qualquer religião para praticar ou justificar a violência”, exorta.
“Quem escuta a voz de Jesus Cristo não
alimenta, nem reproduz a violência disseminada na sociedade. Ao contrário,
contribui para a paz, através do respeito e do diálogo, da misericórdia e do
perdão. Quem escuta a voz de Jesus testemunha a sua palavra “Vós sois todos
irmãos”, jamais tratando o outro que pensa diferente como um inimigo a ser
combatido, mas como um irmão a ser amando, se necessário com a correção
fraterna e o perdão. A paz é dom de Deus a ser compartilhado nesta Quaresma”,
finaliza.
Fonte : CNBB
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