Papa
Francisco apresentou uma Carta Apostólica em forma de Motu Proprio, sobre a
renúncia de bispos titulares e aos chefes da Cúria Romana de nomeação
pontifícia por motivos de idade.
Cidade do Vaticano
Nesta manhã desta quinta-feira, 15,
o Papa Francisco em uma Carta Apostólica em forma de
Motu Proprio, convidou a todos os bispos e titulares das dioceses e
da Cúria Romana de nomeação pontifícia a refletir sobre a importância
de “aprender a se despedir”. E com esta Carta informou as novas orientações
para as renuncias por motivo de idade.
O Papa deseja refletir sobre a
atitude interior da renúncia, que deve ser primeiro uma
atitude interior.
“Quem se prepara para apresentar a
renúncia precisa se preparar adequadamente diante de Deus, despir-se dos
desejos de poder e da pretensão de ser indispensável. Isto permitirá atravessar
com paz e confiança tal momento, que poderia ser doloroso e de conflito. Ao
mesmo tempo, quem assume na verdade esta necessidade de despedir-se, deve
discernir na oração como viver a etapa que está por iniciar, elaborando um novo
projeto de vida, marcado por quanto seja possível de austeridade, humildade,
oração de intercessão, tempo dedicado a leitura e disponibilidade a fornecer
simples serviços pastorais.”
Despedir-se para o Santo Padre pode
ser também um pedido de continuar o serviço por um período mais longo onde já
está, renunciando, com generosidade, ao novo projeto pessoal. (...) Cada
eventual prorrogação se compreende somente por motivos ligados ao bem comum
eclesial. Esta decisão pontifícia não é um ato automático de governo; de
consequência implica a virtude da prudência que ajudará, através de um adequado
discernimento, a tomar a decisão apropriada”.
Segundo o Motu Proprio,
consideravelmente a mudança consiste em dizer que quando um bispo
titular, após completar 75 anos, apresentar a carta de renúncia, ela não
perderá a validade se não for respondida em três meses, mas deverá aguardar a
resposta do Santo Padre.
No caso dos bispos da Cúria
Romana ou chefes de dicastérios, com a isenção dos cardeais, não será
automática a renúncia, pois deverá esperar também a confirmação do Santo Padre,
no qual apresentou algumas possíveis razões, tais como: “a importância de
completar adequadamente um projeto muito profícuo para a Igreja; a conveniência
de assegurar a continuidade das obras importantes; algumas dificuldades ligadas
a composição do Dicastério em um período de transição; a importância de
contribuir que tal pessoa possa trazer a aplicação de diretrizes
recentemente emitida pela Santa Sé ou a por novas orientações
magisteriais”.
Desta
forma, o Papa Francisco, no que se refere à renúncia dos
bispos diocesanos e dos titulares de setores da Cúria Romana de nomeação
pontifícia, contida na Rescriptum ex audientia de 3 de
novembro de 2014, desejou integrar na legislação canônica estas mudanças,
atualizando as normas acerca do tempo e das modalidades de renúncia ao ofício
por atingir os limites da idade..
Fonte: Vatican News
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